A Palavra de Deus em Família - 11/03/23 - Lucas 25,2-3.11-32. Baltazar Dias

A Palavra de Deus em Família - 11/03/23 - Lucas 25,2-3.11-32.


A misericórdia é inclusiva e não convive com a soberba e o puritanismo que julgam, classificam e excluem, condenam as pessoas.

Jesus conta a parábola do pai misericordioso para os fariseus e Mestres da Lei, políticos e religiosos que se acham melhores e mais santos que os outros e excluem quem não pensa, não se comporta como eles, e portanto não pertence à classe deles. Classificam assim, de forma definitiva e imutável, a sociedade entre santos ricos, bem sucedidos, abençoados por Deus, e pecadores pobres, doentes, prostitutos, amaldiçoados, condenados por Deus.

Jesus, na contra mão desta sociedade hipócrita está falando e convivendo, comendo justamente com pobres e pecadores públicos. Por esse motivo é também criticado, excluído e condenado por fariseus e Mestres da Lei. Porque não pode se misturar com pobres e pecadores. Quem fala de Deus, anda no Templo e pratica a religião não pode conviver e se misturar com pobres e pecadores públicos, porque os "santos e ricos que governam a política e a religião cham que a pobreza é uma maldição, um castigo de Deus ao pecador e não uma questão de injustiça estrutural da política social.

Resumo da parábola:

O filho mais novo era um herdeiro rico e convivia numa boa com o irmão mais velho enquanto ainda não saira da casa do pai. Porém um dia saiu, levou sua herança e gastou tudo com prostitutas, farras, etc.

Veio uma grande fome no país e este jovem caiu no inferno social, só encontrou emprego e comida junto aos porcos que, na cultura judáica da época, estes animais eram tidos como satânicos, endemoninhados.

Diante de seu pecado, da fome e da miséria, no inferno social, este jovem pensou em voltar para a casa do pai, pedir perdão e continuar convivendo com todos da casa comum, mesmo sendo, agora, um dos escravo e não mais como filho.

Ao voltar, o pai esperançoso e misericordioso de longe o reconheceu, correu ao seu encontro, o abraçou, o beijou, fez um grande churrasco e o inclui como filho, com as roupas e o anel de pertença à família.

Já o filho mais velho que sembre obedeceu o pai, nunca se estragou e nem saiu de casa com prostitutas e bêbados não perdoou e não aceitou a volta do irmão mais novo agora pecador e pobre. Não se misturou com os empregados e servos da casa e por isso ele mesmo se excluiu da grande festa do pai na casa de todos, a casa comum.

O Pai está sempre pronto a nós esperar, nos abraçar, beijar e nos incluir em sua festa. A sociedade preconceituosa e excludente é que nos divide em classes sociais de santos e pecadores, feios e bonitos, ricos e pobres, ignorantes e sábios, pretos e brancos, etc.


Baltazar Dias 91 9 9810 - 8219
Cursos de Interpretação e Espiritualidade do Evangelho.


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